Introdução
Algoritmos de repetição espaçada são um campo de estudos complexo. Vamos trazer um contexto geral para você entender, mas já alertamos que, qualquer narrativa que tenta especificar algoritmos para alunos de medicina é ilusória, não somos tão especiais assim.
Algoritmos são testados e comparados um com o outro, é método cientifico.
O tópico a seguir é para nerds, se você não é ou só está cansado, pode pular para o próximo tópico.
Algoritmos de repetição espaçada e FSRS-6
O objetivo de um algoritmo de repetição espaçada é calcular os intervalos ideais entre as revisões.
Os principais algoritmos são o SM-2 e o FSRS. O SM-2 foi um dos primeiros a surgir, usado como padrão do Anki por muitos anos, e é o que a Osler utilizava até 2024. A partir de 2025, ficou claro que o FSRS-5 superou o SM-2, então, passamos a utilizá-lo.
O FSRS afirma que três variáveis são suficientes para calcular o espaçamento ideal de intervalos:
Recuperabilidade (R): a probabilidade da pessoa recordar de uma informação. Depende da estabilidade (S) e do tempo decorrido desde a última revisão.
Estabilidade (S): O tempo, em dias, necessário para que R diminua de 100 para 90%.
Dificuldade (D): A complexidade da informação. Representa a dificuldade de aumentar a estabilidade da memória após uma revisão.
Veja, o valor de R muda diariamente, enquanto D e S mudam somente após a revisão de um cartão.
O FSRS-6 possui um parâmetro otimizável que controla o “achatamento” da curva de esquecimento, o que significa que o formato da curva é diferente para cada usuário. Ou seja, em teoria, o algoritmo se adapta melhor ao usuário. Além disso, o algoritmo foi otimizado para os casos que você revisa o mesmo card várias vezes ao dia.
Enfim, coisas de nerd…
O que a Osler usa hoje?
Atualmente, estamos usando o FSRS-6. Foi lançado recentemente e é o que há de melhor em termos de algoritmos hoje.
Padrão nos “learning steps”
Estamos cientes que existe um padrão curioso de quando erra na 1ª vez na 2ª exposição os intervalos ainda assim aumentam. Estamos atentos a isso.
Mas lembre-se que é um excesso de otimização. No fim do dia, importa mais o quanto do conteúdo você tem coberto, com quantos % do Extensivo feito você chega na prova e o quanto você consegue lembrar e associar para a prática médica.